O Brejo!
Por Sócrates Menezes
O brejo! Lugar pantanoso, de difícil acesso. Onde a vaca vai
e não volta, porque se perde quando não se atola. Se demorar lá, perece e
apodrece, consumido pelo lugar. E aí, de fato, “a vaca foi para o brejo!”. O
brejo é, por isso, uma situação geográfica poderosa: onde tudo mais vai e não
volta, porque é consumido por sua complexidade. Um espaço perdido, ao que
parece. Mas o brejo é rico. A perecividade é apenas aparente. Na verdade, o
brejo é a riqueza do encontro das águas, dos animais, das árvores e das plantas
se decompondo apenas para novamente recriar a vida. Por isso o brejo é a
natureza no mais pleno exercício de sua complexidade: perecer para viver.
No sertão, o brejo é exceção, uma dádiva talvez: o refúgio das vacas com sede. Apenas aquelas que não entendem sua complexidade nele se perde e por ele é consumido. Mas mesmo estas, ao serem consumidas, encontram assim sua forma específica de se integrar. O brejo atrai e integra o diverso e o de fora. Como uma força digestiva, o brejo consome, rumina e degusta em sua força crítica própria apenas para reciclar e renovar o espírito da vida.
Em nossa pequena Macaúbas, no sertão da caatinga baiana, esse simplório jornal, quase que artesanal, não poderia ter outro nome: “O Brejo!”. Porque esse jornal se pretende não apenas especial e diferente, mas aglutinador, crítico, problematizador e não menos complexo, como são os assuntos que envolvem a natureza, a sociedade e a política de Macaúbas. Caiu n’O Brejo, é evidência! E todos os problemas relevantes de nossa cidade será assim tratado: ruminado, tragado, consumido. O que poderá sair dele? Informação em um bom nível de reflexão, além do espírito vivo da luta e da renovação crítica de um povo merecedor de uma história melhor.
No sertão, o brejo é exceção, uma dádiva talvez: o refúgio das vacas com sede. Apenas aquelas que não entendem sua complexidade nele se perde e por ele é consumido. Mas mesmo estas, ao serem consumidas, encontram assim sua forma específica de se integrar. O brejo atrai e integra o diverso e o de fora. Como uma força digestiva, o brejo consome, rumina e degusta em sua força crítica própria apenas para reciclar e renovar o espírito da vida.
Em nossa pequena Macaúbas, no sertão da caatinga baiana, esse simplório jornal, quase que artesanal, não poderia ter outro nome: “O Brejo!”. Porque esse jornal se pretende não apenas especial e diferente, mas aglutinador, crítico, problematizador e não menos complexo, como são os assuntos que envolvem a natureza, a sociedade e a política de Macaúbas. Caiu n’O Brejo, é evidência! E todos os problemas relevantes de nossa cidade será assim tratado: ruminado, tragado, consumido. O que poderá sair dele? Informação em um bom nível de reflexão, além do espírito vivo da luta e da renovação crítica de um povo merecedor de uma história melhor.
Muito bom! O Brejo aglutina!
ResponderExcluirAcabei de reler. Que maravilha de texto!
ResponderExcluirO jornal O Brejo veio para ficar, pois, se a educação liberta não há como retroceder!