O engano.

10 Clássicos Da Literatura Mais Cobrados Nos Vestibulares

Por Vanessa Rêgo Azevedo
Aluna do 9°ano do Colégio Municipal Selma Nunes.

Quando chove no sertão tudo se modifica, na verdade camufla. As vegetações massacradas ao longo do período de seca ganham novas folhagens e o que era parece ser outra coisa. Temos a impressão de testemunhar a transformação prevista na máxima de Lavoisier.

Escrever uma crônica não é uma tarefa fácil. Exige um olhar atento àquilo que o cotidiano nos cega. A busca pelo objeto de escrita me faz encontrar um cenário encantador. Uma analogia com o Éden seria possível dado o seu espetácu-lo.

O verde da natureza, o canto dos pássaros, o barulho do vento sobre as folhas das árvores, os troncos frondosos, o calor do sol, animais em volta, crianças a brincar, tudo isso formava um cenário bucólico fascinante no centro da cidade de Macaúbas. O deslumbramento causado faz me crer que uma parte da natureza foi transplantada para o meio urbano, trazendo-lhe mais tranquilidade a uma cidade de cotidiano pacato.

Em meio a isso, um barulho me chama a atenção. Naquele momento, empreendi esforços a identificá-lo. A brisa suave causava arrepios ao mesmo tempo em que denunciava o que eu estava prestes a encontrar.

O relevo local também apresentava indícios bastante sugestivos. Eu tinha a sensação de que havia algo mais ali. A curiosidade gritou mais alto e, sem pensar duas vezes, continuei à procura de descobrir o que era realmente aquele barulho. Na busca do meu intento, desconfio que o barulho seja de água. O meu ânimo se eleva de deparar com uma maravilhosa cachoeira e de perceber a harmonia entre homem e natureza.

Nesse estado de espírito, aproximo me do lugar esperado e me deparo com uma reveladora. Um presente grego! Um odor que causa náuseas! No centro da civilização, um absurdo sinal da atuação humana: um esgoto a céu aberto.

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